segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Memórias, Leãozinho, até breve

 



Eu lembro como se fosse hoje o dia que você nasceu 8 de abril de 2003. Eu estava trabalhando quando soube. A melhor das amigas a irmã de alma logo me contou, você era o unico macho, era o meu, tão esperado e desejado. No mesmo dia eu fui te visitar, te coloquei na minha mão... você era tão pequenino.. eu esperei um mês ate poder te levar pra casa, mas ia te visitar...
No dia 8 de maio levei você pra casa e esse passou a ser o dia do nosso aniversário.
Foram tantos nomes Baco, Seninha, Shumy até que o martelo foi batido Leãozinho e como boa mãe te dei também sobrenome Leãozinho Baldassin Harrison, porque vc é, sempre foi e sempre será da família.
Lembro de vc traquina filhote ainda lambedor, comedor de havaianas, quando tentava escalar a cerquinha que fizemos pra você e ficava entalado no espaço que antes você passava, era você crescendo.
Durante alguns anos você não tinha só a sua caminha, você tinha o seu quarto, sabia a hora de dormir e de levantar, mas bom mesmo sempre foi quando vc dormia comia comigo, enrolado nas minhas pernas, debaixo do meu braço, em cima da minha barriga, todas as vezes que fui seu travesseiro... Meu ladrão de chocolate não podia ver um docinho dando sopa, abriu chocolate lacrado, pacote de granulado e até uma caixa de leite condensado, você era uma formiguinha... a gente sempre dividia as coisas com você de alguma forma...

Quando o celular do seu avô tocava a noite Agradar Você você ja sabia que era eu, corria pro carro pra ir me buscar e eu amava te ver chegar ali com a cara na janela pro nosso reencontro depois de um dia distante.
Da casa grande fomos pra nossa casinha, um quarto e sala onde você era meu companheiro, meu fiel escudeiro, minha pantufa, minha bolota, meu bebe... quantas vezes vc tentou fugir porque abriu um buraco na tela, em uma delas eu fiquei realmente com medo de perder, mas te achei e você voltou pra casa, você sabia o caminho e tava com a cara mais lavada e mais descarada do mundo
Todas as vezes em que fui viajar meu coração ficava com vc, em saber se estava bem, se estava comendo, mas sabia que estava com pessoas legais que cuidavam de você carinho
Comemoramos aniversários e meu primeiro parabéns sempre era com você fazia você bater palminhas, dançar pular até o nosso abraço, até um revellion nós passamos só nos dois em casa e felizes
Eu tentei te proteger dos fogos e rojões, deitava no chão pra gente conversar de igual pra igual, desesperava toda vez que você ficava dodoi, até virem as cirurgias, e meu coração destruído ao te entregar sedado pro dr tirar o tumores do mal que insistiam em crescer no seu bumbum, e foram duas... e você como um bom já velho ranzinza comeu praticamente todos os pontos na primeira cirurgia fazendo  a nossa recuperação muito mais lenta e sofrida, e como eu chorei por te ver sofrer...
Felicidade pra mim era chegar em casa e você estar me esperando ou aos latidos quando era novo ou mesmo levantando a cara amassada de tanto dormir no sofá nos seus últimos meses, adorava essa cena, ver seu rabinho batendo e você se espreguiçando pra vir me cheirar ou os dias que eu conseguia te pegar no flagra dormindo e te acordava com um cafuné
E como eu gostava de te ver dormindo, sonhando tão lindo, mexendo as patinhas, correndo por alguma lugar, latindo.. como era fofo

Como era bom trabalhar em casa com vc no meu colo, subindo no computador ou simplesmente dormindo na minha mão e me deixando quase sem ter como digitar pra não atrapalhar seu soninho
Mordedor.. você sempre foi, perdi as contas das mordidas que levei, e sue tio também, você ranzinza ciumento gostava dele, mas não deixava ele te encostar... mas a gente te dava abraço coletivo mesmo assim, porque por você sempre foi amor...
Mas a idade chegou... seu coraçãozinho já não era o mesmo, os remédios ja estavam na rotina, até vc se sentir mal e a gente precisar te dar mais remédios... você melhorou uns dias e piorou de novo... voltamos no doutor... você saiu de lá andando, mas Deus tinha decidido que era hora de vc nos deixar e você começou a passar mal...  voltamos correndo.. mas seu coração já velho de guerra, de festas, alegrias e mordidas não aguentou mais... eles tentaram... eu vi você ir... você sabia e eu também que a nossa despedida estava próxima... E então você partiu depois de 4 paradas... não havia mais o que fazer...
Um anjo da guarda estava lá naquele triste momento, em que eu não sabia o que fazer... me amparou e me ajudou na nossa despedida com um carinho e um cuidado que apenas anjos da guarda tem e fomos nos três, eu, o anjo e seu tio para a nossa depedida. Te levei nos braços com  a maior honra e orgulho  com a qual a gente se despede de um amigo, um companheiro, um grande amor... você ficou num lugar bonito, da até pra ver o mar...
Eu fiquei, agora num caminho sem você... Todas as vezes em que me perguntavam se eu morava sozinha eu respondia - Moro com o Leãozinho...  e agora?
Um mês se passou, não tive coragem de tirar a coberta que te fiz de cama para que você pudesse estar sempre pertinho... Ainda estou aprendendo a viver sem você, aprendendo que se cair um pedacinho de queijo não chão você não vem comer, aprendendo que eu posso colocar comida na mesinha, aprendendo a não ter mais você pra dividir a merenda, nem pra abraçar, nem brincar, sem fazer cafune, ou sentir seu coraçãozinho bater, ouvir a sua respiração... Olhar seus olhos de mel, seu focinho rosa, seu sorriso, sua braveza... Você faz falta meu querido, mas eu sei que você esta bem, já não tosse mais, sei que está ai se divertindo e e prometo, um dia a gente vai se encontrar de novo e ai então, vou matar minha saudade e te abraçar de novo...
Até breve.
Mamãe (porque eu sempre fui mãe de cachorro)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
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