quarta-feira, 9 de abril de 2014

Da dança do ventre e da dança da alma


Hoje a aula de dança do ventre,  não foi dança,  foi uma deliciosa roda de conversa sobre o por que de cada uma começar e se interessar pela dança do ventre.  Este momento foi muito intenso de emoções e eu não me senti pronta para falar,  mas resolvi escrever algumas coisas:

- a muito tempo já vinha pesquisando locais, escolas, valores, sempre achei uma dança linda

- existe ainda dentro de mim uma vontade e uma necessidade de me descobrir feminina,  mulher,  de desabrochar e cultivar a minha deusa interior

- eu sou dança,  das coisas que eu mais tenho prazer na vida é dançar "E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música" NIETZSCHE. Como eu gosto de dizer sempre: quem dança é mais feliz.

O mais interessante é que entre os diversos relatos foi possível perceber o quando a turma tem a mesma energia,  como todos os problemas e dificuldades todas trocamos energias, e nos fortalecemos em nossos encontros.  Chamo de encontro pois pra mim é muito mais que técnica é sentimento,  sensação.  É troca de energia boa, sem competição de quem dança melhor,  independente do nível de dificuldade,  existe um descobrir diário.  Pensando nos relatos e também nas minhas dores enquanto voltava pra casa, pensando nas coisas as quais ainda não me sinto pronta para compartilhar, me lembrei de um grito de guerra, uma canção feminista e feminina que conheci através da Marcha Mundial das Mulheres e do Levante Popular da Juventude:

"Companheira me ajude
Que eu não posso andar só
Eu sozinha ando bem
Mas com você ando melhor"

Isso define um pouco do que eu senti hoje....

É,  ainda voltando pra casa, escutei uma música que tem muito a ver com algumas coisas que falamos, e hoje, no dia dela, fui tocada por ela, Iansã:

"O raio de Iansã sou eu
Cegando o aço das armas de quem guerreia
E o vento de Iansã também sou eu
E Santa Bárbara é a Santa que me clareia
A minha voz é o vento de maio
Cruzando os ares, os mares,  o chão
Meu olhar tem a força do raio
Que vem de dentro do meu coração"

Sem dúvida uma experiência íntima e intimista,  delícia de viver.




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