quarta-feira, 12 de junho de 2019

Reencontro

Olhar a tela em branco e perceber que há tanto para escrever, tanto para transmitir sobre tudo que tem sido tão diferente.

Pela primeira vez estar complemente só em um espaço, eu, meu caos e meu sentido, a harmonia e desarmonia que me bastam e o aprender diário de lidar com a solidão, de ser a pior e a melhor companhia de mim mesma.

Me fechei no meu espaço, meu templo, minha individualidade, minhas conquistas, minhas dúvidas e incertezas.

Me abri para o mundo e me reconheci, recordei, relembrei, revivi partes de mim adormecidas, reencontrei pessoas queridas e me reencontrei nelas, parte da essência vital que rotinas, mudanças e dificuldades por vezes acabam adormecendo.

Nos últimos anos aprendi a desfrutar prazerosamente do silêncio tão sensato e tão necessário para a ordem das coisas. 

Nos últimos meses redescobri minhas músicas e a cantoria feliz que renova energias, mas principalmente tenho encontrado o equilíbrio de silêncio e música.

A cabeça nunca para; sejam ideias ou preocupações, meditar tem sido um porto de paz.

Tenho aprendido a lidar com a saudade e as distâncias enquanto as viagens estão nos planos mas ainda não estão ao alcance.

A ausência do meu velhinho ranzinza, fiel escudeiro, do meu amor incondicional de quatro patas, ainda sinto todos dias mesmo 1 ano e 9 meses depois da sua partida... 14 anos não são 14 dias.... E só nós sabemos tudo que passamos durante todo esse tempo... Eu sigo com você no coração.

Chega o momento de seguir adiante, de viver novas experiências e desafios, me reencontrado e reconectando, mas principalmente abrindo novas possibilidades de agora em diante.

Sim, eu quero.





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